sonhos que nunca morrem

sonhos que nunca morrem

O segundo álbum da banda Adorável Clichê, sonhos que nunca morrem, revela uma evolução sonora do quarteto de Blumenau (SC) e traz um novo olhar sobre suas emoções. “Compor me ajuda a lidar com sentimentos e angústias. Algumas mensagens são propositalmente ambíguas para que mais pessoas possam se identificar e fazer uma espécie de terapia comigo”, diz Gabrielle Philippi, vocalista e compositora da banda, ao Apple Music. Guitarra e voz ainda dominam o indie rock da banda, com influências do dream pop e shoegaze, mas agora novas ambiências entram em cena. “Nós tínhamos fragmentos de músicas guardados há anos e a partir de 2020 começamos a transformar isso tudo em um álbum. Gravamos muitas partes em casa, só entre nós, mas com toda a experiência adquirida até aqui”, diz o guitarrista e produtor Marlon Lopes da Silva. O baixista Gabriel Geisler e o guitarrista Felipe Protski completam a banda. A seguir, Philippi e Silva revelam os bastidores das músicas de sonhos que nunca morrem. como era antes Gabrielle Philippi: “A música fala sobre respeitar o seu tempo para processar emoções e conflitos. Às vezes é preciso ficar um pouco distante para superar acontecimentos difíceis da vida.” Marlon Lopes da Silva: “O arranjo instrumental foi pensado para ser realmente uma faixa introdutória, que anuncia a atmosfera invernal e o dream pop que permeiam o álbum.” devagar Philippi: “A ideia da música surgiu quando eu passei por um nevoeiro à noite na estrada. Ela fala sobre ir devagar nos relacionamentos e respeitar o seu tempo. Esse é um tema recorrente no álbum.” Silva: “Musicalmente ela também é um dream pop com referências da [banda britânica] Slowdive. medo Philippi: “A faixa aborda o medo do futuro e as mágoas do passado, sentimentos que não te deixam ir para frente. Isso faz com que as pessoas ao seu redor fiquem reféns do seu medo e não saibam como agir com você.” Silva: “A sonoridade evolui do dream pop para um rock mais emotivo. A música termina de forma apoteótica, com guitarras distorcidas e vocais que remetem às vozes que ouvimos na nossa cabeça. Ela encerra muito bem a primeira tríade de músicas do álbum.” aonde mais Silva: “O instrumental desta faixa surgiu muito rápido. Assim que ficou pronto, eu pedi para a Philippi incluir a letra.” Philippi: “A letra surgiu em cinco minutos. Excepcionalmente ela não fala sobre algo que eu senti ou vivi. À época eu estava assistindo à série Hannibal e fiz uma releitura do personagem que foge da própria vida e é perseguido por seus erros. Quem nunca, né?” um sorriso que se vai Philippi: “A música fala sobre frustrar as expectativas alheias e o desejo de decepcionar o outro propositalmente para seguir a sua essência.” Silva: “Ela tem uma sonoridade mais indie e algumas distorções. A gente gostaria de ter feito uma parceria com o Ale Sater [vocalista e baixista do Terno Rei], mas acabou não rolando. É uma das nossas composições mais antigas e foi uma das mais difíceis de terminar.” amarga Philippi: “A faixa tem a ver com o rancor por quem te procura só nos momentos difíceis. Também trata da mesma atitude que temos quando não estamos bem. É chato ter relações que só acontecem assim, conectadas por sentimentos ruins. Silva: “O instrumental acompanha a intenção da letra, se acentua nos momentos mais densos e estoura no refrão, como se fosse um clima de aceitação. ‘Ok, é isso mesmo, vou te ajudar.’ É a ausência franca e a volta torta.” as coisas mudam pra melhor Silva: “É a única letra escrita por mim neste álbum. A música fala sobre você se ver sem saída, imerso em uma rotina. O texto é denso e a música tem um instrumental mais pesado.” Philippi: “Eu amei esta faixa desde a primeira vez que a ouvi e insisti para que entrasse no álbum. Ela fala de um sentimento que é pouco lembrado em composições, que é estar em evolução, mas sentir saudade ou frustração ao mesmo tempo.” fogo Philippi: “Sabe quando você está em um trabalho que paga bem, as pessoas gostam de você, mas você não está feliz? Aos poucos você perde a paixão pela vida. Às vezes, você só quer sair para fazer algo que mantenha o seu fogo aceso. Você precisa dizer não ou tomar uma atitude para se sentir vivo.” Silva: “É uma sensação de anestesia. Musicalmente, a faixa tem uma pancadaria e um dinamismo interessantes – e também explode no refrão. Depois tem um vocal codificado, que lembra a sonoridade de um rádio, e uma trilha com piano e sintetizadores que flui gostosa. Ela anuncia o fim do álbum.” distantes Silva: “Eu tinha feito um instrumental errado e sem métrica, a Philippi se apaixonou por esse improviso e escreveu a letra em cima. No início, a música só tinha guitarra, baixo e bateria, mas depois incluímos outros elementos e recursos eletrônicos. Ficou épica e com uma atmosfera teatral. Philippi: “Eu gravei a voz no celular com essa base desestruturada, o que dificultou muito a finalização da música, mas amei o resultado. Ela fala sobre a sensação de insegurança nas relações e tem uma energia feminina intensa.”

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