C,XOXO

C,XOXO

O primeiro sinal da nova era de Camila Cabello se escancarou quando ela surgiu com os cabelos platinados. Veio, então, o single de estreia do quarto álbum da artista nascida em Miami: “I LUV IT” é alto, ousado e impactante, com um refrão que conecta um clássico de Gucci Mane (“Lemonade”) com um verso de Playboi Carti. Ao ser entrevistada por Zane Lowe, do Apple Music, a cantora de 27 anos explicou o momento evidenciado em C,XOXO (2024): pela primeira vez na carreira, as composições do álbum parecem ser realmente dela. “Ao abdicar da rede de segurança de ter outros compositores e coautores, me permiti abrir mais espaço para ouvir a minha própria voz”, explica Cabello. “Quando se é mais jovem, você não confia totalmente naquela voz interior e sente a necessidade de ter outras pessoas para apontar o caminho. À medida que envelheci, decidi: ‘Sabe de uma coisa? Confiarei em mim mesma’. Estou confortável em assumir a responsabilidade e eu posso confiar em mim mesma para isso, seja para falhar ou para ser bem-sucedida.” Você pode chamar de reinvenção, transformação ou, como Cabello brincou, esta é a sua “fase de vilã hiperfeminista”, agora com produção do espanhol El Guincho. No álbum, você irá encontrar homenagens à cidade natal da artista, Miami, como em “Dade County Dreaming”, música para a qual ela recruta as City Girls para dançar enquanto cruza a Collins Avenue. Ou quando ela se cobre de glitter e se veste de forma fatal em “pretty when i cry”; também quando ela decide ir atrás de um ex em “HOT UPTOWN”, música com a participação de Drake em grande forma. As coisas ficam mais profundas em faixas sombrias como “June Gloom” e “Twentysomethings”, canções melancólicas sobre relacionamentos complicados: “Vinte e poucos anos, tenho que ter algum senso de humor/ Quando se trata de nós, eu não sei que m**** estou fazendo”, ela canta na segunda delas. Mas é a magnífica e estranha “Chanel No.5” que melhor representa a atual versão de Cabello como compositora. Ela descreve a música como tendo “melodias pop, mas com estrutura de rap”, com piano cintilante, borrifadas de perfume, referências líricas a Haruki Murakami e Quentin Tarantino e esmalte descascado. “É o fio condutor do álbum”, explica. “Esta é a voz de C,XOXO: alguém brincalhona, no controle. Está passando um gloss nos lábios. Está brincando com o cara. Ela é mágica e sensível.”

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